PERTO DO HOTEL
O Forte de São Vicente de Torres Vedras formava parte das célebres Linhas de Torres, que compunham o anel defensivo da capital durante as invasões napoleónicas, sendo considerado o mais importante forte das Linhas, defendendo a ligação entre Lisboa e Coimbra. Foi começado a construir em 1809, no cimo de um dos mais altos montes que se erguem em torno da cidade, o Monte de São Vicente. Tem planta em Y, e era composto por um conjunto de trincheiras, fossos, traveses, paióis, e 39 bocas de fogo originais
O Forte da Archeira, localizado num local estratégico do sistema defensivo das Linhas de Torres (obra militar n.º 128), é uma estrutura de grande dimensão que pertencia à Primeira Linha Defensiva, a par com os fortes de Catefica e Feiteira, localizados um pouco mais a norte, cujo objetivo seria a defesa dos vales de Ribaldeira e Runa. Apresenta um perímetro de 436,48 m e uma área de cerca de 9.534,44 m2, estava munido com seis bocas-de-fogo (calibre 12) e uma guarnição de 500 homens. Apesar de não possuir canhoneiras, no seu interior existem vestígios do que aparenta ser um paiol semienterrado. Integra o conjunto das Fortificações das Linhas de Torres Vedras classificadas como Monumento Nacional.
Integrando o sistema defensivo erguido para organizar a defesa de Lisboa após a segunda invasão francesa da Guerra Peninsular, em 1809, o Forte de Olheiros (também conhecido por Forte do Canudo) ergue-se no topo de um cabeço sobranceiro a Torres Vedras.
Integra um conjunto de oito fortificações (fortes e redutos) no concelho que, no contexto da Guerra Peninsular (1807-1814), faziam parte do Distrito n.º 2 da 1.ª Linha do sistema defensivo das Linhas de Torres Vedras: Alqueidão, Caneira, Machado, Moinho do Céu, Novo ou Galhofos, Simplício, Trinta e Patameira. Estas fortificações cruzavam fogos entre si sobre os acessos à serra, transformando-a num grande entrincheiramento que teve um papel dissuasor decisivo na retirada das tropas francesas sob o comando de André Masséna.
Descoberto nos anos 30, pelo arqueólogo Leonel Trindade, o Castro de Zambujal, no Concelho de Torres Vedras, é um dos principais povoados fortificados da Península Ibérica e um dos maiores do calcolítico, na Europa Ocidental, que terá sido habitado entre o primeiro e terceiro milénio a.C.
O castelo de Torres Vedras foi conquistado aos muçulmanos por D. Afonso Henriques, em 1148, que doou esta fortificação a D. Fuas Roupinho, cavaleiro que colaborou nas lutas pela reconquista cristã da península e é protagonista da lenda da Nazaré.
Nos reinados de D. Dinis, de D. Fernando e também de D. Manuel I, em 1516, o castelo teve obras de reconstrução e melhoria das defesas, uma preocupação que pode estar ligada ao facto de este castelo ter servido de residência a diversos reis.
Situado no perímetro urbano de Torres Vedras, a existência do chafariz é referida no século XIV. Era alimentado pelo aqueduto e situa-se próximo de uma das portas da vila medieval (Porta da Corredoura).
O chafariz é um pavilhão coberto com abóbada de cruzaria com nervuras que assentam sobre mísulas cónicas.
Das faces do pavilhão rasgam-se cinco arcos ogivais e destaca-se o interessante conjunto de gárgulas góticas que o decoram e o conjunto de quatro escudos dispostos nas faces das colunas: “os da frente ostentando o brasão real que remonta ao século XIII, sendo com toda a probabilidade do reinado de D. Afonso III, e os dois laterais da mesma época, representando em três castelos de linhas severas, sóbrias de atavios, o velho brasão da antiga Turribus Veteribus.”
Situada no perímetro urbano de Torres Vedras, esta obra utilitária de arquitetura gótica estende-se por mais de dois quilómetros e foi edificada para abastecer o Chafariz dos Canos, situado no centro histórico da Cidade. Desconhece-se a data da construção primitiva, mas a atual estrutura dos canos foi remodelada e ampliada na segunda metade do século XVI, quando D. Sebastião concedeu licença à edilidade local para que a sua estrutura fosse prolongada. Esta remodelação coincidiu com o restauro da Fonte dos Canos, em 1561 (pergaminho pertencente à Igreja de S. Pedro), por ordem da Infanta D. Maria.
Centro de Interpretação da Comunidade Judaica de Torres Vedras
O Centro de Interpretação da Comunidade Judaica dá a conhecer a história da presença judaica em Torres Vedras. Inaugurado a 18 de maio de 2017, este equipamento museológico do Município de Torres Vedras foi produzido sob a supervisão científica da Cátedra de Estudos Sefarditas Alberto Benveniste, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Situado nos arredores de Torres Vedras o convento foi fundado por D. Afonso V, cerca de 1470. Foi residência de reis e chamavam-lhe casa de regalo.
Os primeiros religiosos da Ordem de S. Francisco foram recebidos em 1474. Começou por ser Convento de Estudos Franciscanos, sendo mais tarde Colégio de Missionários Apostólicos, por cedência de D. Pedro II a Frei António das Chagas.
O Convento de Nossa Senhora da Graça foi mandado construir no século XVI (1544 – 1580) pelos frades eremitas calçados de Santo Agostinho (ou gracianos), para substituir o anterior edifício — fundado em 1266 —, situado na zona baixa de Torres Vedras, devido às constantes inundações que este sofria, com as cheias do Rio Sizandro.
O edifício, de enormes e majestosas proporções, possui uma estrutura conventual quinhentista centrada num amplo claustro, para o qual se abrem as áreas de culto (igreja conventual, cemitério coberto, sacristia e ante-sacristia) e de clausura (portaria, biblioteca, sala do capítulo, ala poente, celas, gafaria, refeitório, cozinha e celeiro).
A Igreja de S. Pedro, a par da de Santa Maria do Castelo, é a mais antiga das quatro matrizes da cidade e a segunda, em precedência, a seguir àquela. Sabe-se que já existia no reinado de D. Afonso Henriques, mas foi totalmente reconstruída no início do século XVI, sofrendo nova reconstrução após o terramoto de 1755. Apresenta planta longitudinal e a cabeceira voltada a poente, como era costume nas igrejas medievais. Tem uma pequena sacristia que comunica com a Casa da Irmandade dos Clérigos Pobres, onde, em 1929, funcionou o Museu Municipal, e onde funciona, atualmente, o Cartório Paroquial. Trata-se de uma interessantíssima sala, cujas paredes são forradas com azulejos figurativos setecentistas, com base em gravuras de Cláudio Coelho, e o teto com quatro telas de Bernardo de Oliveira Góis, representando os evangelistas. A torre sineira, adossada à direita da igreja, é de planta quadrangular.
A Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira (PPLSSA) destaca-se da envolvente em termos morfológicos e é constituída pelas Serras do Socorro, Archeira, Galharda e Monte Deixo, apesar de serem as primeiras duas que merecem mais destaque e cuja toponímia é localmente mais reconhecida. Os 1223 hectares da paisagem protegida local do concelho de Torres Vedras estão distribuídos maioritariamente pelas Freguesias do Turcifal e União das Freguesia de Dois Portos e Runa englobando ainda pequenas áreas da União de Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães. A área confina a Sul com o concelho de Mafra, onde se desenvolve a encosta Sul da Serra do Socorro.
A PPLSSA apresenta elementos com valor patrimonial em termos naturais, históricos, culturais e paisagísticos.
A Serra de Montejunto é uma serra de Portugal integrante do Sistema Montejunto-Estrela e localizada nos concelhos de Alenquer e Cadaval. É o miradouro natural mais alto da Estremadura, elevando-se a 666 m de altitude, tendo 534 metros de proeminência topográfica e 53.41 km de isolamento. Esta estrutura geológica, com 15 km de comprimento e 7 km de largura, é rica em algares, grutas, lagoas residuais, necrópoles e fósseis pré-históricos.